Por Jussara Maturo

Se indústria e comércio atacadista continuam a elevar o nível de emprego nos setores têxtil e de vestuário como mostram os dados de setembro, por sua vez o varejo permanece represando a oferta de vagas com carteira assinada, ainda que com menos severidade. As lojas de moda do país fecharam 116 vagas, informa levantamento com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Em princípio, o saldo poderia ser até positivo, não fossem as demissões registradas em São Paulo.

O estado eliminou 703 empregos com carteira assinada em setembro, interrompendo três meses consecutivos de contratações. O segundo estado a mais demitir em setembro foi Pernambuco com o corte de 49 postos. Ao todo, dez estados demitiram mais que contrataram no mês. Dos que abriram vagas, Minas Gerais cujo comércio vem crescendo em volume de vendas e receita concluiu setembro com 223 novos empregos no varejo. Maranhão é o segundo maior contratador com mais 109 vagas.

O atacado de moda completou em setembro três meses seguidos de emprego em alta, com a oferta de 73 novos postos. Paraná contribuiu com abertura de 44 vagas, Rio de Janeiro com mais 16 e Santa Catarina com outras 15. Em sentido inverso, Mato Grosso do Sul eliminou 18 postos e São Paulo outras 14 vagas.

 

INDÚSTRIA VAI RECOMPONDO QUADROS

Até setembro, a indústria têxtil e de vestuário gerou em torno de 26 mil empregos a mais do que tinha em 2016, segundo dados do Caged. “Apesar de positivo, é bem menos que os 130 mil empregos perdidos entre 2015 e 2016”, avaliou Fernando Pimentel, presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), fazendo um balanço do ano ao participar do seminário Trends Sessions, realizado esta semana pela Invista, na capital paulista.

Apenas em setembro as empresas industriais reforçaram o quadro com a geração de 2.345 vagas. Santa Catarina e São Paulo lideram a reação. As empresas catarinenses contrataram 689 profissionais com carteira assinada e as paulistas abriram 622 vagas. Minas Gerais foi o terceiro maior contratador em setembro, com a oferta de 524 postos a mais do que tinha no mês anterior.

Indústrias de outros 13 estados eliminaram postos, com a Bahia cortando 155 empregos, depois Sergipe com menos 82 e Goiás cortando 69 vagas.

 

SITUAÇÃO BRASILEIRA

De acordo com o ministério do Trabalho, o Brasil gerou 34.392 postos de emprego formal em setembro, resultado estimulado pela indústria de transformação que criou 25.684 vagas no mês.

Fonte: GBLjeans – Disponível em: http://gbljeans.com.br/noticia/7800.htm